Caros amigos/viajantes/leitores. Felizmente e finalmente, “O Guia do Mochileiro – Um roteiro pela Bolívia e Peru” está chegando na segunda edição! Tenho um mês para fazer todas as alterações necessárias e queria contar com a colaboração de todos aqueles que já leram ou viajaram com o guia!
Vc pode contribuir dando a dica de um novo lugar, identificando algum erro de português ou indicando restaurantes que não estão mais funcionando!
Qualquer contribuição é bem-vinda!
Envie suas observações para o e-mail: guiadomochileiro@gmail.com!

Obrigada e boas viagens, sempre!

Publicado por: Alice Watson | 8 de abril de 2011

O Fordismo e a acumulação flexível…

  E a exploração dos trabalhadores..

Publicado por: Alice Watson | 29 de dezembro de 2010

Texto enviado por minha amiga Ilana que reflete exatamente o que penso sobre o Reéveillon. O segredo não está em esperar feitos milagrosos apenas por ser um ano novo, como um passe de mágica. Tudo começa no interior, independente da data. De todas as formas um 2011 de deliciosas surpresas, saúde e sonhos, muitos sonhos para todos nós!

“Receita de ano novo  (CDA)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.”

Publicado por: Alice Watson | 7 de maio de 2010

É hoje!!

“Ella entra, cierra la puerta tras de sí
y cruza el cuarto en diagonal,
parten dos escafandristas, en la penumbra,
rumbo al mundo abisal.
La piel florece, fosforece,
va dejando una estela de aurora boreal,
todo pasa muy lentamente en el mundo abisal.

Inmersión, inmersión,
cerremos las compuertas,
aventurémonos hacia las inciertas profundidades,
Inmersión, inmersión,
vayamos verticalmente a la deriva
dejando que el vértigo nos acaricie,
viendo alejarse allá arriba la superficie.

Inmersión, inmersión
bajar y bajar hacia las alturas
donde apenas dura la luz del día
donde reina una oscura sensación de algarabía,
las ganas tuyas, las ganas mías
la daga fría apretada entre los dientes,
la draga clarividente de la melancolía.

Extrañas criaturas resplandecientes,
tan lejos de lo común y lo corriente,
muestran los dientes en el mundo abisal.

Ella entra cierra la puerta tras de sí
y cruza el cuarto en diagonal
parten dos escafandristas en la penumbra
rumbo al mundo abisal…”

Publicado por: Alice Watson | 3 de maio de 2010

Breve intervalo na Primavera

Tarde de sol no Retiro

Caros leitores (se é que ainda tenho algum,hehe), escrevo para desculpar a minha ausência. Tenho exatos 20 dias para entregar meu projeto final de curso e o tempo que consigo ficar sentada neste computador é dedicado a ele. Assim que terminá-lo volto com força total, prometo!

Aguardem notícias sobre um banho árabe muito louco no Marrocos, delícias gastronômicas de Porto, mochilão no inverno europeu, Fallas em Valência, juiz Garzón em Madrid, Segóvia, Alcalá e muito mais. Vale a pena esperar!

Enquanto isso, aproveito para dar um feedback sobre alguns posts anteriores:

– sexta vou no show do Drexler e tentarei saber se o guia chegou em suas mãos, porque até agora não tive notícias;

– o anjo subterrâneo já teve identidade e nacionalidade reveladas em um episódio inoportuno em que resolvi dar uma moedinha de um euro para ele (coisa que não faço nunca!!!). Ao entregar a moeda ele simplesmente me puxou pelo braço, como se estivesse esperando este momento por meses. O nome é Simon e ele é nigeriano. Desconfio que ele canta a música para mim, já que se revelou um tanto apaixonado, acho que porque devo ser a única que sempre sorri para ele. Agora toda vez que passo no metrô ele para de cantar o que estiver cantando e entoa alguma canção romântica no estilo “I just call to say..” E o pior é que não tem como fugir dele, pego todos os dias o mesmo metrô, na mesma hora. De anjo, ele passou a  pesadelo..

– A primavera chegou com força total em Madri e a temperatura chegou aos 30 ºC. Mas, como dizem por aqui, Madri sempre te surpreende e hoje a temperatura voltou a cair com a mesma força, quase congelei. Pelo menos deu para curtir quase um mês de flores lindas, caña na terraça, sorvete, pessoas simpáticas e a tarde que ainda é noite.  Andar de vestido e havaiana é a maior expressão da felicidade depois de 4 meses de inverno.

Nosso sábio Amyr Klink já alertava, “é preciso..conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto.” Agora que já conheço, prefiro pular esta parte de inverno, já estou mega valorizando cada raio de sol que esquente meus pés livres de bota. O lado ruim do calorzinho é que o parque do Retiro (foto), lugar predileto dos finais de semana agora virou  quase um piscinão de Ramos (sem a água), mil pessoas estiradas em cada pedacinho de grama, tem que chegar cedo para garantir um lugar ao Sol..Não tem problema, enquanto houver calor estarei lá batendo ponto.

Publicado por: Alice Watson | 24 de abril de 2010

Brasília em números

Algumas estatísticas curiosas que colhi em  matérias sobre o aniversário de Brasília:

– É a cidade brasileira com mais área verde do Brasil e do mundo (50 milhões de m²)

– Brasília tem a maior frota de barcos de esporte do país, são 12 mil veleiros que passeiam pelos 42km² do Lago Paranoá.

– O Lago Sul possui a maior concentração de piscinas por habitantes do mundo e a renda per capita  é superior a R$50 mil.

– No Lago Sul são registrados 14 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes por ano. Em Planaltina de Goiás, são 32,8 assassinatos.

– A renda per capita de Brasília chega a R$4.972, enquanto nas cidades satélites não  superas os R$800.

– É a cidade com o maior número de empregadas do Brasil, superando inclusive São Paulo.

– Brasília é uma das 20 cidades mais desiguais do mundo, segundo a ONU

Publicado por: Alice Watson | 21 de abril de 2010

Brasília, 50 anos

Pôr-do-sol Ermida

Torre de TV, vista do trabalho

Pôr-do-sol Ermida

Uma homenagem à terrinha.

Publicado por: Alice Watson | 21 de abril de 2010

Mortícia, Vandinha e jovens madrilenhos

No final do ano passado, em plena crise econômica espanhola, o presidente Zapatero resolveu investir em salvar sua imagem pegando carona na figura do colega Obama. Tudo parecia um sucesso, visita oficial, jantares deliciosos, fotos na Casa Branca, até que as filhas  acompanharam a comitiva presidenciável no que seria uma linda tarde no museu. E a foto vazou. A família Zapatero (ou seria Adams) escandalizou a Espanha e o mundo com a naturalidade com que o look gótico a “la Vandinha” das filhas do presidente veio à tona.

Falha de protocolo ou liberdade de expressão? Segundo consta, a cabeça do responsável protocolar rolou e, na sequência, a foto parou de circular.  Na minha opinião, as jovens representam o comportamento de boa parte da juventude madrilenha Não, nem todos adolescentes se vestem como a Mortícia, longe disso. A última moda aqui, aliás, é usar calças abaixo da bunda e tênis Nike com o cadarço desamarrado e calça para dentro. Falo de algo além do visual, como a anarquia e a falta de respeito com as regras e padrões sociais.

O choque veio logo quando cheguei. No primeiro dia de aula, dei de cara com adolescentes fazendo xixi no portão principal da faculdade, além de topar com jovens fumando praticamente dentro da sala de aula e a universidade toda pichada, por dentro e por fora. Era uma quinta-feira, típico dia de botellón, termo usado para definir as rodinhas em torno de uma garrafa PET de refri com vodka que os jovens costumam fazer ao sair da aula. Começam de tarde e só terminam quando alguém cai vomitando.  Fiquei escandalizada e desde então, minha impressão sobre a juventudesó fez piorar.

Na tentativa de  colocar ordem na casa, o governo proibiu a venda de bebidas alcoólicas depois das 22h e beber na rua, o que pode acarretar em multa e até em prisão. A lei parece que não é muito bem aplicada, visto a conivência com as dezenas de chineses que vendem  bebida a qualquer horário, inclusive perto de praças e ruas bem movimentadas. Sobra pra gente que não tem nada a ver com isso e não pode comprar nenhum vinhozinho para um jantar de última hora.

A opinião de alguns espanhóis mais experientes é que os jovens foram criados com muita liberdade, sem ter contra o que lutar e sem limites.  Outros colocam a culpa na crise (o que não é culpa da crise??) econômica e do sistema de ensino que não oferece oportunidades para os chavales (jovens) terem emprego e condições melhores de vida. Vejo muitos senhores se descabelando porque os filhos só querem saber de beber, sair pra night e se vestir de forma rebelde. E não é questão só de bancar o diferente ou se auto-afirmar, a onda é escandalizar.

Recente pesquisa feita com madrilenhos entre 16 e 24 anos revela que 80% dos 1200 entrevistas é partidário de sair todas as noites e 65% afirma que sai com o intuito de encher a lata. Apenas uma reflexão sobre esta  juventude mimada e carente de limites. Que um dia consiga superar o estigma perpetuado pela imagem acima e mostre a que veio.

Talvez  toda esta minha revolta seja por que ainda não encontrei meu nicho aqui, eu sei. Mas esta é a impressão que tenho de uma forma geral e, claro, sempre lembrando que há várias exceções, visto os amigos espanhóis maravilhosos que tenho.

Publicado por: Alice Watson | 16 de abril de 2010

O Guia do Mochileiro, um roteiro pela Bolívia e Peru

* “O Guia do Mochileiro – Um roteiro pela Bolívia e Peru” (guia que falo abaixo na matéria do Drexler), para quem não sabe é o livro que escrevi e publiquei em novembro passado, fruto do meu projeto final e de um mochilão de quase dois meses pelos dois países, em 2007.

Foi a primeira vez que viajei de mochila, digo uma de respeito, e a última foi no começo deste ano, em pleno inverno europeu. Graças à aventura polar pela Europa estou sem poder carregar mochilas, espero que seja só por agora, pois não me imagino condicionada a uma malinha de rodinhas para o resto da vida. Nem pensar!

Enfim, publiquei o guia e seis dias depois estava em Madri, não tive tempo de curtir a emoção de vê-lo nas livrarias e nem quero encontrá-lo na volta,  espero que até lá esta edição já tenha se esgotado. Então, queridos amigos, vamos ajudar na divulgação! Segue o link para dar aquela olhadinha: www.fnac.com.br/o-guia-de-mochileiro-um-roteiro-pela-bolivia-e-peru-9788598694689-FNAC,,livro-537269-2096.html.

Quando estava escrevendo este post, li uma matéria sobre o mais recente lançamento boliviano: a Coca Colla. O refrigerante feito de folha de coca não pretende rivalizar com a Coca Cola e nem precisa, afinal, la hoja de coca é uma tradição milenar e desbancaria a multinacional fácil.  Doze mil garrafas de 500 ml e rótulo vermelho (será que o concorrente americano vai polemizar??) foram distribuídas em La Paz, Santa Cruz e Cochabamba.

A bebida energizante 100% boliviana tem este nome em homenagem aos habitantes andinos da Bolívia, os “collas” e ainda será oficialmente lançada no país. Se o sabor lembrar o delicioso té de coca tem tudo para estourar no mercado. Que algum dos meus futuros leitores me traga uma botella de regalo quando voltar de viagem, senão nada de dedicatória!

Publicado por: Alice Watson | 14 de abril de 2010

Tiete tieta tiete

Drexler folheando o meu guia. FOTO:Iracema Marques

Falando em Jorge Drexler, que a propósito tem uma música intitulada “I don’t worry about a thing” em seu novo cd, o conheci aqui há cerca de um mês, no lançamento de seu novo álbum. Eu, fã de carteirinha dele faz alguns anos, descobri que ia ter um pocket show de graça (fundamental para a minha ida) na Fnac e me mandei da aula direto pra lá.

Cheguei meia hora atrasada e, ao contrário do que pensava, não era um show, nem sequer uma canjinha, o que estava rolando era aquele bate-papo bem cabeça entre ídolo e fãs. Bom, como já estava lá e curto demais o cara fiquei até o final, irritando minha amiga mexicana que me acompanhou pensando se tratar de um concierto e não hesitou em vazar assim que arrumei uma cadeira.

Durante a conversa, me identifiquei ainda mais com Drexler. A saudade de casa, a dificuldade de se adaptar a Madrid, o velho lance de seguir os sonhos mesmo que ninguém acredite em você e a charla acabou por servir de incentivo para continuar a vida aqui. Resultado: acabou o bate-papo e, como  só restaram alguns gatos pingados, resolvi arriscar minha primeira tietagem.

Entrei na fila e me dei conta que, claro, estavam todos com o cd novo para ser autografado. Eu, de mãos abanando, arrisquei perguntar quanto custava o cd, só por educação.  “Catorze euros?”, inviável. Com apenas mais três pessoas na minha frente, encarnei a cara de pau e segui adiante. Tive então a grande idéia de pedir para ele autografar o meu guia * que casualmente estava na minha bolsa. Na minha cabeça seria super original ter um guia meu autografado por ele, imagina!

Chega a minha vez e ele me surpreende falando um bom português. Eu, tiete de primeira viagem, fiquei sem fala, mostrei logo o guia e sem graça expliquei a minha brilhante ideia. Ele, super atencioso, começou a folhear o guia e se amarrou!Leu  várias páginas, causando olhares fulminantes no resto da fila. Elogiou tudo, disse que morria de vontade de conhecer a Bolívia, perguntou como era lá, o que recomendava. Um tet-a-tet de verdade!

“Estes beijos agora viajam com Alice”, escreveu na primeira folha do meu guia, aquele mesmo que passei mais de duas horas sentada autografando para vários amigos em novembro. Engraçado viver a situação inversa com o mesmo objeto. Saí de lá radiante, liguei logo pro Felipe para contar e recebi  um balde de água fria: “Porque você não deu o guia pra ele??”. Tonta!

Nem tinha pensado nisso. Deslumbrada com o momento, não percebi que Drexler deu todas as indiretas e diretas possíveis para ganhar um guia. E minha limitada mente nada comercial, só conseguia imaginar um guia autografado na minha estante. Para reparar o vacilo anteontem desci aqui no correio e mandei um guia por correio. Se tudo der certo, em questão de alguns meses “O Guia do Mochileiro” estará nas mãos de Paulinho Moska, Maria Rita e etc. Ainda bem que sonhar não custa nada…

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